Delírio contramão

Me pareceu que hoje amanheci na contramão do ponto de vista dos grupos que estou inserida, ora compulsoriamente, ora por escolha, entretanto, em todos convivendo com o gente com titulação de doutorado exercendo inúmeras funções no universo do esclarecimento;

Me pareceu inusitada a felicitação que todos manifestavam as mães em seu dia; o que contradiz a proposta, em prol da criação de uma data para a celebração das mães ligada a ativista Ann Maria Reeves Jarvis, que fundou em 1858 os Mothers Days Works Clubs com o objetivo de diminuir a mortalidade de crianças em famílias de trabalhadores. Jarvis organizou em 1865 o Mother’s Friendship Days (dias de amizade para as mães) para melhorar as condições dos feridos na Guerra de Secessão que assolou os Estados Unidos no período

Com a crescente difusão e comercialização do Dia das Mães Anna Jarvis afastou-se do movimento, lamentou a criação e lutou para a abolição do feriado. A apropriação  dos bens culturais da humanidade pelo mercado faz com que o segundo domingo seja considerado a data mais rentável para o comércio mundial;

Minha mãe está entre as pessoas que esperam o presente; eu na contramão não os dou, pois refuto as imposições comerciais, mas cotidianamente ofereço modos de cuidar da saúde, do lazer, dos mimos, almoçando em lugares aconchegantes que descubro, estando como presença constante em sua vida.

 

«Mothers Day History ~ The Complete History of Mother’s Day ~ Mothers Day Central». mothersdaycentral.com. 2012.

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Delírios da impotência

A declaração trans-humanista foi elaborada em 2004 por Santiago  Ochoa, Eugene leite, Darren  Reynolds, Keith Ellis, Octavio Pineda, Antero Coelho Neto.

o texto aponta necessárias reflexões sobre o estatuto do corpo, cada vez mais saturado por ambivalentes recursos oriundos do mapeamento genético.

Jamais haverá a obsolescência do corpo mesmo que o “quantify self”  seja uma imposição ao cotidiano.

Estamos em trânsito para a pós-humanidade? Jamais, embora mantenha-se  o domínio da exclusão dos benefícios culturais, econômicos, e sociais.

Como é difícil acordar calado

Se na calada da noite eu me dano

Quero lançar um grito desumano

Que é uma maneira de ser escutado

Esse silêncio todo me atordoa

Atordoado eu permaneço atento

Na arquibancada pra a qualquer momento

Ver emergir o monstro da lagoa

 

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A PALAVRA PARA ALÉM DO LOGOS

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I SEMINÁRIO DA LINHA DE PESQUISA FENOMENOLOGIA:TEORIA E CLÍNICA

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Análise de imagens

Na linha de pesquisa Fenomenologia:teoria e clínica os pilares de fundo dos estudos são a compreensão do conceito de gêneros através da temporalidade, contextualização geográfica e pessoal;  a psicoterapia na modalidade breve e fundamentação gestáltica, organização na promoção da escuta de si e intersubjetiva e , do diálogo.

Nos dedicamos  a examinar metodologicamente as linguagens verbal, não verbal e artística; suas formas de mediar a constituição da complexa estrutura dinâmica da subjetividade em suas dimensões: psicológica, física, intelectual, transcendental….

A análise das linguagens inclui interpretar os sentidos que as imagens indicam no discurso, na ideologia e na obra de cada sujeito atendido.  Através do uso analítico das categorias abaixo, nas pesquisas, nosso grupo vai realizando hermenêuticas dos temas existenciais, aos quais nos debruçamos

Sentido

denotativo

   Sentido

conotativo

 

Produtores Receptores Capacidade

Narrativa

Conteúdo

Dramático

Fonte: Pimentel, Adelma (2016)

Outro conceito importante para o diálogo entre o empírico e o saber existente é o de ‘entre-lugar’ ,  um local intersticial, já que não é mais possível trabalharmos com  noções bipolares e categorizarmos as subjetividades dentro de ideais tradicionais.

Aos leitores: convido utilizar as referências apresentadas para análise desta imagem. Ótima sexta.

 

fonte: http://www.msn.com/pt-br?AR=3temer

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Linguagens na academia

CONVITE

I SEMINARIO SOBRE SAUDE MENTAL E LINGUAGENS CLINICAS

A Gestalt-terapia é uma terapia de contato que se vale de diferentes linguagens,formas que podem ser consideradas recursos valiosos para possibilitar a integração pessoal  e social do indivíduo.

Por sua vez, a Arteterapia  permite ao cliente realizar um processo  que  integra situações inacabadas. A Arteterapia é uma profissão da saúde mental que utiliza o processo criativo da arte de expressar, para melhorar e aperfeiçoar o desenvolvimento físico,  mental e emocional, objetivando o bem-estar dos indivíduos de todas as  idades. É baseada na premissa de que o processo criativo envolvido na auto-expressão artística, ajuda as pessoas a lidar melhor com seus conflitos e potencialidades, problemas, a desenvolver habilidades interpessoais, conscientizar comportamentos, reduzir estresse, aumentar auto-estima, desenvolver auto-consciência, e ter insights (AMERICAN ART THERAPY ASSOCIATION).

Segundo Ciornai (2004), “Arteterapia é o termo que designa a utilização de  recursos artísticos em contextos terapêuticos”. (p.7) É o trabalho de  profissionais que utilizam as artes plásticas como recurso terapêutico, também  chamado de “artes em terapia” ou “terapias expressivas”, diferentemente do termo “artes” que se refere de modo geral a diversas linguagens artísticas.

Liebmann (2000) descreve Arteterapia como um tipo de expressão pessoal, da  qual se utiliza da arte para comunicar sentimentos sem expectativas em obter  um produto final, estético ou agradável, sendo assim, é um meio de expressão  acessível a todos e não somente àqueles que têm talentos artísticos. “Não é  necessário nenhuma habilidade ou inabilidade específica”. (p.18) .

O I seminário propõe reflexões SOBRE SAUDE MENTAL E LINGUAGENS CLINICAS, considerando que a UNIVERSIDADE é um contexto de produção do conhecimento, através da racionalidade, da emoção, da religiosidade, da transcendência, do senso-comum, todos configurando as múltiplas dimensões do humano.  

LOCAL: AUDITÓRIO DO IFCH – 60 VAGAS

INSCRIÇÕES: MARCIA ENDO, MYLENA NAHUM – <mylenanahum@gmail.com>, 

CERTIFICADO DIGITAL

 18. 05. 16

14- 15.30 MESA

 LINGUAGENS CLINICAS E EXPRESSIVIDADE – Prof. MS João Maria Amaral Torres – UFPA/ NUFEN

  1. as 17. hs SAUDE MENTAL E FENOMENOLOGIA – Prof. Dr Tommy Akira Gotto – Universidade de Uberlandia
  2. 05. 16

14- 15 HS MESA: EXPRESSIVIDADE E CORPOREIDADE  – Profa. Dra Ingrid Bergma – UEPA

15- 16HS – A MÚSICA  NA CLÍNICA GESTALTICA – Profa MS Renata Almeida Figueira – UFPA/ NUFEN

 

 

 

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12 de junho de 2016

Uma análise recente com dados demográficos dos nossos 81 senadores feita pela BBC Brasil revela que o perfil predominante no Senado é o de um homem branco, com curso superior e longa carreira política, boas chances de ser membro da bancada ruralista ou de pertencer a “clãs” políticos, e investigado pela Justiça.

Não vi pesquisa semelhante ser feita em relação à Câmara, mas estou segura de que os resultados não seriam muito diferentes.

Basta observar nossas casas de representatividade política para perceber que, estejam seus membros sob investigação judicial ou não, sejam eles herdeiros de grandes fortunas ou não, e situem-se eles à esquerda ou à direita, a maioria das posições de poder é ocupada por homens brancos.

O mesmo vale para outras instituições, públicas e privadas, e não limitadas ao contexto brasileiro. A composição dos cargos de direção – de governos, empresas, clubes ou associações – é sempre um retrato do patriarcado.

A presença maciça de homens brancos em postos de decisão não é interpretativa, ela é factual. Não vê quem não quer.

O patriarcado é um conceito usado por feministas para nomear o paradigma que normaliza que as instituições sejam conduzidas por homens. Por isso expomos e criticamos o patriarcado em muitas frentes, afinal seja no âmbito pessoal, no social, no econômico ou no político, ainda são os homens quem mais tem poder para decidir os rumos da sociedade.

Isso não significa que todos os homens estejam no controle de todas as outras pessoas. Tomar a ideia do patriarcado como monólito que enquadra todos os homens como vilões é tão simplista quanto tomar a ideia do feminismo como monólito que enquadra todas as mulheres como vítimas.

Análises sociais requerem pensamento crítico para que quaisquer avaliações – dos fatos e das relações de poder que determinam como as narrativas acerca dos fatos são construídas – sejam matizadas.

Nenhuma análise social é imparcial, pois nenhuma análise social é feita por robôs que vivem no vácuo. Qualquer exame de qualquer fenômeno social contém referências aos sujeitos neles envolvidos. Por isso é importante considerar as identidades dos sujeitos sob escrutínio nas análises acerca de quaisquer fenômenos.

Chamamos de “política de identidade” os argumentos políticos que incidem sobre os interesses e as perspectivas de grupos sociais organizados por eixos como classe, religião, identidade de gênero, orientação sexual ou etnia, dentre outros.

Um componente essencial de análises sociais envolvendo políticas de identidade é a reflexão acerca das formas como a maioria é governada a partir dos sistemas de valor, credo e comportamento daqueles que preenchem os espaços de poder.

Movimentos sociais são fundamentados na ideia de aumentar a representatividade política, social e institucional das ditas minorias justamente para ampliar a representatividade de sistemas de valor, credo e comportamento que influenciam decisões políticas que afetam a maioria.

Mas a formulação de que movimentos sociais visam aumentar a participação política das “minorias” sempre me pareceu falaciosa, afinal de contas é a maior minoria de todas – aquela composta por homens, brancos, ricos e heterossexuais – que ocupa a maioria das posições de poder.

Em “Invasores de espaço: raça, gênero e corpos fora de lugar” (tradução livre minha), Nirmal Puwar oferece uma investigação detalhada das formas como certos corpos são considerados passíveis ou não de ocupar espaços de poder.

Ela revela como espaços públicos tendem a ser preenchidos por corpos que configuram o que se entende como a “norma”, evidenciando que o padrão universal de humanidade são homens brancos.

Ainda de acordo com Puwar, é socialmente sancionado que espaços públicos sejam reservados a homens brancos, e esta é uma das razões pelas quais outros tipos de corpos acabam ganhando tanta visibilidade ao ousarem preencher espaços que, normativamente, não são destinados a eles.

Para a autora, corpos femininos e/ou não brancos que emergem em espaços de poder são considerados “invasores de espaço” porque suas meras presenças – antes e independentemente de suas propostas – perturbam o status quo.

Este é um dos motivos pelos quais lideranças negras, LGBT ou femininas incomodam a ponto de serem sistematicamente proscritas de espaços de poder. A inclusão de uma pluralidade de identidades em posições de poder chacoalha as fundações do sistema vigente, que considera homens brancos a norma universal de humanidade.

Espaços de poder público são predicados na presunção de objetividade e imparcialidade de quem os ocupa. Isso porque quem os ocupa deveria, ao menos em tese, representar um ser humano universal.

Mas a constatação de que os corpos que ocupam espaços de poder também são marcados por coisas como cor e gênero é inegável.

A capacidade de não ser marcado negativamente pelo corpo que se tem é uma das maiores evidências do privilégio, e no patriarcado heteronormativo branco o privilégio é de homens caucasianos declaradamente heterossexuais.

Homens estes que sempre estiveram no poder, que promovem políticas para permanecerem no poder, e cujas ferramentas de manutenção de poder se espraiam por todas as instituições.

É por conta disso, por exemplo, que feministas se dedicam a apontar a misoginia direcionada às mulheres que estão no poder (ou ao menos perto dele).

Dilma Rousseff e Janaína Paschoal foram – por motivos completamente diferentes, e embora elas estejam em polos politicamente opostos – construídas como loucas por narrativas midiáticas tanto de veículos que se posicionam contra o golpe quanto dos que se posicionam a favor do impeachment.

A suposta loucura da primeira serviu de artifício retórico para desestabilizar sua capacidade de governar. A suposta loucura da segunda serviu de artifício retórico para desestabilizar sua capacidade de fazer oposição. O que Rousseff e Paschoal têm em comum? Pouco além de serem duas mulheres que ousam ocupar espaços políticos.

Já Marcela Temer foi garota propaganda de uma feminilidade louvável, constituída através de valores tradicionais de submissão. Ser bela, recatada e do lar não é necessariamente problemático – e não saberia dizer se estes são atributos que a vice-primeira-dama usaria para descrever a si própria – mas não importa, porque foi a imagem de Marcela Temer – bem como a de Rousseff e de Paschoal – o que foi utilizado como artifício linguístico de demarcação de quais espaços são aceitáveis para as mulheres.

As que estão na política, invasoras de espaço que são, marcamos como loucas. Na cultura patriarcal é esperado das mulheres que miremo-nos no exemplo daquelas outras, de Atenas, que como cantou Chico, não têm gosto ou vontade, defeito nem qualidade – têm medo, apenas.

Mas já há muito não tememos, e seguiremos nos articulando para que quem detenha poder institucional para definir nosso futuro não siga sendo somente o homem #branco, #abonado e #parlamentar.

O patriarcado sempre esteve na vantagem, por isso a luta feminista nunca parou – e por isso ela seguirá avante.

 http://www.cartacapital.com.br/politica/branco-abonado-e-parlamentar
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Sete de maio

Alguns e outros sabem que tem um santo a quem é dedicado o dia, todos, semana, meses, anos

Dia remete ao latim,  particípio do verbo dare (“dar”), que traduzimos literalmente como “dada”. Vem da fórmula usada para iniciar ou encerrar algo.

Aproxima-se o sete de maio. Aberta a enquete sobre este dia.

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Por a cara no sol

Convidamos para refletir, tirar a roupa e falar de nossos desejos.

CARTAZ V Colóquio sobre Transexualidade 24-04-16

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Revogar a “Lei de Gerson”?

…..Vejamos os escorregões do nosso cotidiano. Pregar mentira? Errar no troco? Vender Gato por Lebre? Subornar o guarda? Vai que cola? Chegar atrasado?Não cumprir o prometido? Só trabalhar quando vigiado? Atrapalhar a vida dos outros? Bloquear o trânsito para dar um recado? Dirigir depois de um uisquinho? Jogar lixo na rua? Ser grosseiro por quase nada?

Nos verdadeiros dilemas, é o ruim ou o ruim. Aqui, a decisão de fazer ou não alguma coisa que sabemos ser errada, em prol da nossa conveniência, preguiça ou benefício pessoal às expensas de outrem…
Claudio de Moura Castro – 13 de janeiro de 2016 edição 2460.

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